Dando uma vergonhosa e singular importância a mim mesma, escorre na minha mente se nasci para morrer. Morrer mentalmente todos os dias, onde o tempo durante o qual o sol alumia o horizonte, morrer insipidamente, oferecendo ao meu espírito trocas e baldrocas de dores deambulantes no âmago das minhas reminiscências, essas que nunca senti na carne.
Sinto a medula ora fria ora quente, sinto-a morrer, sinto-a esperar a ternura e a candura das acções das gentes que nunca conhecerei, sinto o âmago a ser atingido a todo o instante, até no mais suave ou néscio vocábulo proferido que, no eco da minha cabeça, abate a alma das minhas entranhas.
Como se o meu imo fosse Deus, e ninguém o pudesse proferir em vão.
Sem comentários:
Enviar um comentário