O pouco que peço é amor. Amor que me preencha. Amor que me satisfaça. Um amor anormal, fora de série, no entanto preenchido de carinho, meiguice e envolto em brigas. Amor misturando sorrisos e choros. Peço uns olhos hábeis, que me seduzam lentamente, desmantelando-me a medula aos poucos. Amor que mantenha a minha essência, aliás, que a melhore a cada dia, que arranque para o mundo o melhor de mim. Amor que me deixe como uma criança indefesa, néscia e verdadeira, sempre expectante, que me deixe sem fôlego, que polua o meu ar de tal forma a eu precisar de cuidados intensivos. Amor que me contrarie, que me deixe cega e mais viva que nunca. Amor que grite liberdade, movimento, que seja instantâneo, natural, cheio de saúde. Amor que me deixe ser o suficiente. Amor incondicional não peço agora, talvez mais tarde.
O pouco que peço é amor. É pedir muito portanto.
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