Janelas. Janelas enormes envidraçadas. Exercem um fascínio particularmente estranho em mim. São mostradores de luz, tantas vezes intensa como obscura, embaraçando suficientes rasgões penetrantes na córnea, inserindo na pupila, parecendo queimar a íris. Abrem-me os pensamentos. Sim, por mais estranho que pareça, os pensamentos. Encontro-me numa sala a visualizar o que aquela imensa luz pode tantas vezes significar, e sinto a tranquilidade, a serenidade, o branco a trespassar-me os corpos, a lavar-me as preocupações, as mil diárias meditações nervosas a esvaírem-se ou convertendo-se em pó. E não é a luz inteiramente responsável por esta liberdade. Não. As janelas são como um escudo necessário, não deixando a luz queimar até ao fim. Janelas. São inteiramente como olhos, deixam transparecer o colorir das expressões, dão cor e/ou dor ao rostos. E, tal como os olhos, fecham quando queremos e assim o desejamos.
ohhh Maria! E quando menos espero lá vêm destes aconchegos retalhar-me o espírito. Adoro saber que transmito mais do que meras palavras, sabes? Adoro saber que não sou mais uma neste mundo que desvaloriza os significados e barra em hipérboles sentimentos. E não espero que me entendam, sabes? Mas perceber que há alguém capaz de sentir algo com o que escrevo, traz-me muitos muitos abraços de alma. E enfim, serei sempre amante dos teus textos. Dizem muito. Adoro as pessoas capazes de dizer muito. Hoje em dia é tão raro encontrar alguém assim...
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